O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi alvo da Operação Caixa Preta da Polícia Federal, que investiga suspeitas de compra de votos nas eleições municipais de 2024. A ação, que também incluiu a deputada federal Helena da Asatur e o empresário Renildo Lima, resultou em mandados de busca e apreensão cumpridos em Roraima e no Rio de Janeiro na quarta-feira (30). A Justiça Eleitoral de Roraima concedeu uma liminar nesta quinta-feira (31) que suspende a investigação contra Xaud, alegando a falta de indícios concretos de sua participação em crimes eleitorais.
A decisão do desembargador Jésus Rodrigues do Nascimento também anulou a busca e apreensão autorizada anteriormente contra o presidente da CBF. Em nota, Samir Xaud expressou sua confiança e tranquilidade diante das acusações, afirmando que continuará a trabalhar em prol do futebol brasileiro. A investigação teve início após a prisão de Renildo Lima, que foi encontrado com R$ 500 mil em setembro de 2024, parte do qual estava escondido em sua cueca.
Além de Xaud, Helena da Asatur e Renildo Lima, outras sete pessoas estão sendo investigadas, mas até o momento nenhum mandado de prisão foi emitido. A Polícia Federal ainda não divulgou detalhes sobre a suposta operação de compra de votos ou como ela funcionaria. Samir Xaud, que assumiu a presidência da CBF em maio de 2023, é o mais jovem a ocupar o cargo e possui uma trajetória ligada ao futebol em Roraima, onde seu pai é presidente da Federação Roraimense de Futebol desde 1975.