A Prefeitura de São Paulo protocolou uma ação civil pública na Justiça Federal na quarta-feira, 6 de agosto de 2025, visando impedir a renovação antecipada do contrato de concessão de energia elétrica da Enel, que atualmente está programado para expirar em 2028. A decisão foi motivada por falhas recorrentes no fornecimento de energia pela concessionária italiana, que se intensificaram devido a condições climáticas adversas na região metropolitana.
A administração do prefeito Ricardo Nunes (MDB) argumenta que é fundamental garantir melhorias significativas no serviço prestado pela Enel antes de qualquer prorrogação do contrato. Nunes afirmou que a população de São Paulo não aceita a continuidade do contrato sem que a empresa demonstre responsabilidade e eficiência no atendimento, especialmente em situações críticas como apagões que afetam hospitais e escolas.
Desde a aquisição da Eletropaulo pela Enel em 2018, a cidade tem enfrentado uma série de problemas no fornecimento de energia, com relatos de apagões frequentes, especialmente durante períodos de chuvas intensas. A Controladoria Geral da União (CGU) identificou falhas no plano de contingência da distribuidora e na fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que complicou a resolução dos problemas. Em resposta, a Enel defendeu que cumpre os indicadores do contrato e está investindo R$ 10,4 bilhões em melhorias até 2027, além de ter contratado 1.200 novos eletricistas e realizado mais de 370 mil podas preventivas em 2025.