O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta segunda-feira, 18, o prefeito afastado de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia foi formalizada após a Operação Estafeta, que resultou no afastamento do prefeito na semana passada. Além de Lima, outros políticos e servidores municipais também foram denunciados, incluindo o vereador Danilo Lima Ramos (Podemos) e o suplente Ary José de Oliveira (PRTB).
De acordo com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o grupo é acusado de desviar recursos públicos por meio de contratos fraudulentos com a prefeitura. O esquema teria começado em 2022 e envolvido contratos nas áreas de saúde, obras e coleta de lixo. As investigações revelaram que o prefeito exercia um papel central na organização criminosa, controlando as movimentações financeiras ilícitas e utilizando propinas para cobrir despesas pessoais.
As consequências legais para os denunciados podem ser severas, com penas que chegam a oito anos de prisão. O Ministério Público também solicita ao Tribunal de Justiça a perda definitiva dos mandatos e a devolução de R$ 16,9 milhões aos cofres municipais. A situação levanta preocupações sobre a integridade da administração pública em São Bernardo do Campo e pode ter repercussões significativas na política local.