Prefeito de Chicago proíbe colaboração da polícia com Guarda Nacional de Trump

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, assinou uma ordem executiva no último sábado, que proíbe a polícia da cidade de colaborar com tropas da Guarda Nacional ou agentes federais, caso o presidente Donald Trump siga com suas ameaças de enviá-los para a cidade. Durante uma coletiva de imprensa, Johnson afirmou que “esta ordem executiva deixa claro que este presidente não vai entrar e delegar nossa polícia”. A medida garante que os policiais continuarão a aplicar as leis estaduais e locais, mas não participarão de patrulhas ou ações de imigração em conjunto com forças federais.

A ordem também determina que os policiais devem usar uniformes oficiais e seguir procedimentos de identificação, evitando confusões com operações federais. Johnson expressou sua preocupação com a possível militarização das ruas de Chicago, afirmando que não deseja ver tanques nas ruas ou famílias separadas. O prefeito e o governador de Illinois, JB Pritzker, têm se oposto à ideia de Trump de enviar tropas para combater o crime na cidade, citando dados que mostram uma queda significativa na criminalidade.

Além disso, Johnson indicou que está considerando medidas legais para impedir qualquer ação federal não solicitada, afirmando que “usaremos os tribunais se necessário”. A ordem surge em um contexto de crescente tensão política entre os líderes democratas e a administração Trump, que desconsiderou a decisão de Johnson como uma tentativa de politizar a questão da segurança pública. A situação destaca as complexidades da governança local frente à intervenção federal e as implicações para a segurança pública em Chicago.

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