O prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, do PSB, foi afastado de seu cargo por determinação do Tribunal de Justiça do Pará, em decorrência da Operação Hades, que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na administração municipal. A operação, conduzida pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), revelou indícios de fraudes em processos licitatórios e uso indevido de recursos públicos.
Durante uma ação de busca e apreensão em um apartamento de luxo em Fortaleza, os investigadores encontraram um documento que confirma a aquisição de um imóvel no condomínio Origem Fortim, em nome da Agropecuária J D EIRELI, empresa da qual Daniel Santos é sócio-administrador. A compra, realizada em março deste ano, coincide com o período em que as investigações já estavam em andamento.
Além do bloqueio de R$ 131,8 milhões em bens vinculados a Santos e sua empresa, o MPPA investiga outras transações suspeitas, incluindo o uso de recursos da prefeitura para custear uma aeronave e a aquisição de propriedades rurais. Denúncias também apontam que o ex-prefeito tentou organizar uma manifestação paga em sua defesa, oferecendo incentivos financeiros aos participantes.
O MPPA reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilização de agentes públicos envolvidos em práticas ilegais. A Operação Hades continua em andamento, com possíveis desdobramentos que podem atingir outros membros da administração municipal.
