Os preços de imóveis comerciais no Brasil apresentaram um crescimento em julho de 2025, superando a inflação oficial do período. De acordo com o Índice FipeZAP Comercial, as salas e conjuntos de até 200 m² tiveram alta de 0,27% no preço de venda e 0,78% no aluguel, enquanto o IPCA do IBGE registrou uma variação de 0,26%. No acumulado do ano até julho, os preços de venda subiram 1,95%, e os aluguéis comerciais aumentaram 5,15%, evidenciando a resiliência do setor mesmo em um cenário econômico desafiador.
O desempenho positivo do mercado reflete uma tendência clara: enquanto as vendas permanecem cautelosas devido à alta dos juros, o segmento de locação demonstra maior dinamismo. Cidades como Curitiba e Brasília se destacaram com as maiores altas nos preços de venda, enquanto Niterói e Brasília lideraram os reajustes nos aluguéis. Especialistas apontam que essa busca por imóveis comerciais está ligada à adaptação das empresas e profissionais a novos formatos de trabalho pós-pandemia.
As implicações desse cenário são significativas para investidores e empreendedores. A rentabilidade média do aluguel comercial alcançou 6,93% ao ano, superando a dos imóveis residenciais. Salvador e Campinas se destacam como locais atrativos para quem busca renda com locação. A performance do setor sugere um apetite crescente por contratos de locação mais flexíveis, refletindo a confiança na recuperação econômica e na necessidade de espaços adaptados para diferentes perfis de ocupação.
