O PP e o União Brasil formalizaram, nesta terça-feira (19), a federação partidária União Progressista, em um evento realizado em Brasília. A cerimônia expôs divisões sobre a posição do novo partido em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmando que a federação não é nem contra nem a favor do governo, enquanto os presidentes dos dois partidos expressaram uma postura crítica. O evento contou com a presença de governadores e outras figuras políticas, que discutiram o futuro da federação e suas implicações nas eleições de 2026.
A nova federação terá a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, além de um número significativo de governadores e prefeitos eleitos. No entanto, a falta de consenso sobre a posição em relação ao governo pode gerar conflitos internos e complicar as estratégias eleitorais nos estados, onde o PP e o União Brasil têm alianças divergentes. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já se manifestou sobre a necessidade de uma posição clara para o partido, enfatizando que é crucial derrotar Lula nas próximas eleições.
As decisões sobre candidaturas majoritárias estaduais serão submetidas ao diretório nacional em caso de conflitos, mas a disputa interna entre os líderes do PP e do União Brasil pode dificultar esse processo. Com a janela partidária se aproximando em abril de 2026, os líderes esperam definir suas estratégias eleitorais, mas a falta de clareza pode resultar em problemas futuros nas disputas estaduais. O evento também destacou a presença de ministros do governo Lula que pertencem ao União Brasil, evidenciando as complexidades das alianças políticas atuais.