A Poupex, instituição financeira vinculada à Fundação Habitacional do Exército, foi condenada a pagar R$ 2,1 milhões em indenização por danos morais coletivos devido a denúncias de assédio investigadas pelo Ministério Público do Trabalho. O pagamento será realizado em 14 parcelas mensais de R$ 150 mil, com início em agosto de 2025 e término em setembro de 2026. O Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre as partes determina que a Poupex implemente medidas para erradicar práticas de assédio moral e sexual em todas as suas unidades.
Além da indenização, o acordo exige que a Poupex crie ou aprimore uma Comissão de Combate ao Assédio Moral e Sexual, desenvolva um Código de Ética e Conduta e estabeleça um canal de comunicação para denúncias. A empresa também deve garantir acesso irrestrito aos banheiros durante a jornada de trabalho e eliminar restrições abusivas que possam constranger os colaboradores. O descumprimento das cláusulas pode resultar em multas que variam entre R$ 2 mil e R$ 50 mil.
A Poupex, que possui sede em Brasília e 84 pontos de atendimento no país, afirmou que não tolera práticas de assédio e tem trabalhado para coibir comportamentos inadequados. O TAC representa uma oportunidade para a instituição reforçar suas políticas internas e promover um ambiente laboral mais ético e respeitoso. A medida surge em um contexto onde as denúncias de assédio aumentaram significativamente nos últimos anos, refletindo uma crescente preocupação com a segurança no trabalho.