No centro do Rio de Janeiro, uma fila para distribuição de alimentos revela as histórias de pessoas em situação de rua que lutam por dignidade e recomeços. Entre elas, Fávio Silva da Cuz, de 47 anos, lamenta a perda de um emprego por não ter um endereço fixo, enquanto a drag queen Sabrina, que sonha em ser artista, busca reconhecimento em meio à adversidade. Ambos destacam a necessidade urgente de apoio governamental e oportunidades de trabalho para superar a precariedade.
Os relatos de Josué Cunha da Silva, que vive nas ruas há três anos, e outros moradores refletem a realidade desafiadora enfrentada por essa população crescente no município. Segundo o último censo da prefeitura, cerca de 7,8 mil pessoas estão nas ruas do Rio, mas estudos indicam que esse número pode ser quase o triplo. A escassez de vagas em unidades de atendimento e a falta de políticas públicas efetivas agravam a situação.
Diante desse cenário alarmante, o Ministério Público Federal propõe uma ação civil pública contra a prefeitura, exigindo melhorias nas políticas voltadas para a população em situação de rua. Claudio Santos, coordenador do Fórum da Defesa dos Direitos da População em Situação de Rua, enfatiza a importância da criação de um comitê intersetorial para monitorar as ações governamentais e garantir que as vozes dessa população sejam ouvidas e respeitadas.