O policial civil João Rodolfo da Cunha Souza foi exonerado de seu cargo após ser preso por ameaçar de morte o promotor de Justiça Tales Tranin. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado do Acre nesta quinta-feira (28) e está relacionada a um processo que tramita em segredo de justiça. Segundo o advogado Janderson Soares, que representa Souza, o policial foi absolvido de forma imprópria, o que significa que o juiz reconheceu sua autoria no crime, mas o considerou inimputável.
Em junho de 2024, o Ministério Público do Acre (MP-AC) iniciou investigações sobre as ameaças feitas por Souza, que foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na época, Souza já respondia a processos administrativos por corrupção passiva e peculato, levantando preocupações sobre sua conduta como agente público. O caso gerou repercussão e levantou questões sobre a segurança dos promotores e a integridade das instituições judiciais no estado.
A exoneração de João Rodolfo não apenas reflete a gravidade das acusações contra ele, mas também destaca a necessidade de uma análise mais profunda sobre a atuação de policiais civis e sua relação com o sistema judiciário. A situação poderá ter desdobramentos significativos na confiança pública nas autoridades e na eficácia das investigações em casos envolvendo agentes da lei no Acre.