Dois cabos da Polícia Militar foram detidos no último sábado (2) em Mato Grosso, suspeitos de terem colaborado com a fuga de uma quadrilha que assaltou uma agência bancária em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, na última quinta-feira (31). As investigações indicam que os policiais teriam recebido dinheiro para atrasar a perseguição aos criminosos logo após o crime.
A Corregedoria Geral da PM anunciou a abertura de um procedimento administrativo para investigar as ações dos policiais envolvidos. Em nota, a corporação reafirmou sua posição de tolerância zero contra atividades ilícitas, destacando que não compactua com crimes cometidos por seus integrantes.
Além dos dois policiais, quatro homens armados com fuzis foram presos em Vilhena (RO), após realizarem o assalto, onde acessaram o cofre e os caixas eletrônicos da agência. Durante a fuga, os criminosos levaram dois funcionários como reféns, que foram libertados a cerca de 10 km do local do crime. Outras duas pessoas também foram detidas por fornecer apoio aos assaltantes.
A operação de busca pelos criminosos mobilizou mais de 100 policiais civis e militares, com o suporte do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e outras unidades especializadas. O assalto, caracterizado como 'Novo Cangaço', remete a ações de grupos armados que cercam pequenas cidades para realizar roubos, uma prática que remete ao histórico bando de Lampião nos anos 1930.