A Polícia Civil reconstituiu nesta semana o feminicídio da estudante trans Carmen de Oliveira, de 26 anos, desaparecida desde junho em Ilha Solteira, interior de São Paulo. A equipe de investigação utilizou luminol na cena do crime e encontrou vestígios de sangue, solicitando exames genéticos para verificar se pertencem à vítima. Os principais suspeitos do crime, o namorado de Carmen, Marcos Yuri Amorim, e um policial militar da reserva, Roberto Carlos Oliveira, estão presos desde 10 de julho.
A reconstituição foi realizada com base nas versões dos suspeitos, que apresentam inconsistências. Um dos detidos confessou que Carmen foi assassinada após uma discussão, mas não confirmou sua participação no crime. O celular da vítima foi encontrado em uma área de mata em Ilha Comprida, e as buscas pelo corpo continuam, enquanto a polícia planeja novas perícias no local do homicídio.
Carmen foi vista pela última vez em 12 de junho, e as investigações revelaram que ela possuía um dossiê contra o namorado, que poderia ter motivado o crime. A apuração indica que a relação amorosa entre os suspeitos pode ter influenciado a decisão de ocultar o corpo da jovem. As autoridades seguem empenhadas em localizar Carmen e esclarecer todos os detalhes do caso.