O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a monitorar a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde o dia 4 de agosto. A decisão atende a um pedido da Polícia Federal e surge em meio a preocupações sobre um possível risco de fuga do ex-presidente, que poderia tentar buscar asilo na Embaixada dos Estados Unidos.
A medida de monitoramento deve ser realizada em tempo real, evitando exposições indevidas e respeitando a privacidade do réu, conforme estipulado por Moraes. O ofício da Polícia Federal também menciona um rascunho de pedido de asilo político na Argentina, evidenciando a gravidade da situação. A defesa de Bolsonaro, por sua vez, considera o monitoramento uma ação desnecessária e constrangedora.
Com o julgamento do núcleo 1 da ação penal que investiga um suposto planejamento de golpe de Estado se aproximando, a pressão sobre as autoridades para garantir a segurança e o cumprimento das condições da prisão domiciliar aumenta. A Polícia Federal argumenta que o monitoramento por tornozeleira eletrônica é insuficiente e pede autorização para uma equipe policial permanecer dentro da residência do ex-presidente, o que levanta questões sobre a eficácia e a viabilidade dessas medidas.