A Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF) será responsável pelo monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, nesta terça-feira (26). A determinação atende a um pedido da Polícia Federal, que solicitou um reforço no policiamento ao redor da residência de Bolsonaro, onde ele cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. O ex-presidente está sob uso de tornozeleira eletrônica e enfrenta restrições quanto ao uso de celular e visitas.
A decisão foi motivada por informações sobre um ‘risco concreto’ de fuga de Bolsonaro, que poderia tentar buscar asilo na Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 10 minutos de sua casa. O ofício da PF destaca que a embaixada é considerada uma extensão do território americano, o que complicaria o cumprimento de ordens judiciais brasileiras. A Procuradoria-Geral da República também apoiou o reforço no policiamento, enfatizando a necessidade de que o monitoramento ocorra com discrição para não invadir a privacidade do réu nem perturbar os vizinhos.
As implicações dessa decisão são significativas, pois refletem a preocupação das autoridades com a segurança e a legalidade em torno da situação de Bolsonaro. O monitoramento em tempo integral poderá evitar tentativas de fuga e garantir que as ordens judiciais sejam cumpridas. A situação continua a gerar atenção nacional e internacional, dada a relevância do ex-presidente no cenário político brasileiro.