A Polícia Militar da região de Piracicaba, no estado de São Paulo, anunciou a implantação de 315 câmeras corporais em seu efetivo, com o objetivo de aumentar a transparência e a segurança nas operações. Apesar do avanço na tecnologia, a metrópole ainda não conta com esses equipamentos, mas a corporação assegura que a instalação está prevista. A medida surge em um contexto de crescente preocupação com a violência policial, especialmente após a morte de Gabriel Júnior Oliveira Alves da Silva durante uma abordagem em abril deste ano.
O caso gerou repercussão e levou o ouvidor da polícia do Estado, Mauro Caseri, a solicitar a adoção das câmeras como uma forma de prevenir abusos e proteger tanto os civis quanto os policiais. Dados recentes indicam que o uso de câmeras corporais pode reduzir significativamente as mortes em intervenções policiais, com uma queda de até 80% entre adolescentes em São Paulo. A implementação das câmeras nos batalhões da PM é vista como uma medida essencial para garantir maior responsabilidade nas ações policiais e melhorar a confiança da população nas forças de segurança.
As implicações dessa tecnologia são amplas, pois visam não apenas proteger os cidadãos, mas também os próprios policiais em situações de risco. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que está comprometida em punir excessos cometidos por seus agentes, com mais de 550 policiais presos desde 2023. A expectativa é que a expansão do uso das câmeras corporais contribua para uma redução ainda maior nos índices de violência e mortes durante operações policiais na região.