Uma investigação da Polícia Federal da Argentina revelou a presença de 28 indivíduos com ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no país. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 5, pela ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, durante coletiva de imprensa com o diretor do Departamento Federal de Investigação, comissário-geral Pascual Mario Bellizzi. Oito dos suspeitos estão detidos, enquanto 20 permanecem em liberdade, sob investigação ou enfrentando processos de expulsão ou extradição.
As investigações apontaram práticas do PCC dentro das prisões argentinas, incluindo cerimônias de iniciação, onde novos membros recebem um número de matrícula. Entre os indivíduos identificados estão Jorge Adalid Granier, Diego Dirisio, Emanuel “Liba” Dos Santos, Elvis Riola de Andrade e Sebastián Marset, todos com diferentes níveis de envolvimento em atividades criminosas.
Bellizzi destacou que, apesar de não haver uma circulação significativa de membros do PCC na Argentina até o momento, o monitoramento continuará para evitar a instalação da facção no país, dada a sua notoriedade por violência e crimes. Um levantamento recente do Ministério Público de São Paulo indicou a presença de 56 integrantes do PCC na Argentina.
Além disso, na última sexta-feira, 1º, a polícia argentina prendeu Fábio Rosa Carvalho, um criminoso procurado do Rio Grande do Sul, ligado à facção Os Manos, associada ao PCC. Carvalho, que estava foragido desde 2022, foi capturado em Buenos Aires após uma operação conjunta entre as polícias brasileira e argentina, marcando um avanço significativo no combate ao crime organizado na região.