Neste domingo (3), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Gênesis, visando investigar três ex-funcionários de uma empresa de tecnologia suspeitos de sabotagem e roubo de dados. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) apura a exclusão intencional de uma plataforma de inteligência artificial, avaliada em R$ 10 milhões, que estava prestes a ser lançada.
A operação incluiu mandados de busca e apreensão em seis endereços localizados nos bairros do Méier, Cachambi e São João de Meriti. Durante a ação, foram confiscados notebooks, celulares e outros dispositivos eletrônicos. Dois dos investigados foram levados à delegacia para prestar depoimento, mas foram liberados em seguida.
A plataforma, denominada EVA, tinha potencial para atingir mais de 20 milhões de usuários. Investigações indicam que um dos ex-funcionários utilizou sua senha corporativa para deletar o sistema, enquanto outro exportou senhas antes de sua demissão e tentou acessar a plataforma no mesmo dia. O terceiro suspeito teria colaborado no planejamento da ação, e mensagens trocadas entre eles sugerem a criação de novas empresas e migração para outra companhia.
A Polícia Civil investiga crimes como concorrência desleal, invasão de dispositivo informático, apropriação indébita qualificada e associação criminosa. A investigação busca determinar se os dados apagados foram utilizados em benefício próprio ou repassados a concorrentes, além de verificar o uso de celulares pessoais para armazenar informações sigilosas, violando normas internas da empresa.