A Polícia Civil de São Paulo implementou um Núcleo de Análise Comportamental e Criminal (NACC) para aprimorar as investigações de crimes, incluindo assassinatos em série. Em 2022, a equipe conseguiu identificar um serial killer que atraía suas vítimas por meio de aplicativos de relacionamento, utilizando técnicas de perfilamento criminal. A delegada Luciana Anjos Terriblli destacou que a análise comportamental permitiu entender o modus operandi do criminoso e as características das vítimas, contribuindo para a resolução do caso.
O NACC, montado pela diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, é composto por psicólogos, investigadores e delegadas. A equipe não apenas analisa as cenas dos crimes, mas também investiga o comportamento dos suspeitos e das vítimas, o que tem se mostrado eficaz em casos como o da professora Fernanda Bonin e da estudante Bruna Oliveira. A abordagem multidisciplinar busca evitar erros judiciais e garantir que inocentes não sejam penalizados.
Além de resolver casos recentes, o núcleo reabriu investigações antigas, como a morte da estudante Victoria Natalini, ocorrida há dez anos. O perfilamento criminal, embora recente no Brasil, é uma técnica já utilizada em outros países e visa entender melhor tanto os autores quanto as vítimas dos crimes. A iniciativa representa um avanço significativo nas práticas investigativas da Polícia Civil paulista, promovendo uma abordagem mais humana e eficaz na elucidação de homicídios.