A retirada de uma fonte de água do Parque da Lagoa para o Parque Vaca Brava em Goiânia, realizada pela Prefeitura no último dia 19 de agosto, gerou polêmica. O equipamento, que estava em funcionamento desde abril de 2024, foi apresentado como inativo pela atual gestão, liderada por Sandro Mabel (UB). Durante a cerimônia de reinauguração, o prefeito afirmou que a fonte estava parada há mais de dez anos, o que foi contestado por frequentadores e vereadores.
O vereador Luan Alves (MDB) criticou a decisão da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), classificando-a como irresponsável e um retrocesso na gestão dos espaços públicos. Alves, que foi responsável pela instalação da fonte, argumentou que a retirada representa a incapacidade da gestão atual de criar soluções para a cidade. Especialistas também se manifestaram, destacando que a medida aprofunda desigualdades socioespaciais históricas em Goiânia.
A controvérsia levanta questões sobre a distribuição de recursos e infraestrutura na cidade, com críticos apontando que a retirada de equipamentos de lazer das áreas periféricas para os bairros centrais reflete uma visão elitista da administração municipal. O urbanista Fred Le Blue alertou para o risco de perpetuar injustiças sociais e ambientais, sugerindo que essa prática pode se tornar uma marca registrada da gestão atual se não for revista.