Na tarde de segunda-feira, 25 de agosto, o secretário de Polícia Militar do Rio de Janeiro e representantes do sindicato de empresas de ônibus se reuniram para discutir o crescente uso de coletivos como barricadas durante operações policiais. Este ano, já foram registrados 100 casos desse tipo, com março apresentando o maior número, totalizando 25 ocorrências. O uso de ônibus como barricadas se tornou uma estratégia comum entre traficantes em represália às ações do estado.
Durante a reunião, que durou mais de uma hora, foi decidido criar um grupo de trabalho focado em desenvolver medidas que aumentem a segurança nos ônibus. Uma das propostas é permitir que a PM tenha acesso em tempo real às câmeras instaladas nos coletivos, embora nem todos os veículos possuam essa tecnologia. O diretor de comunicação do Rio Ônibus, Paulo Valente, afirmou que todos os recursos disponíveis serão colocados à disposição da PM para melhorar a eficácia das operações.
O caso mais recente ocorreu na Ilha do Governador e motivou a reunião. A implementação das novas medidas poderá impactar diretamente a segurança dos passageiros e a eficácia das operações policiais, além de buscar reduzir o uso dos ônibus como ferramentas para ações criminosas. A colaboração entre a PM e o sindicato é vista como essencial para enfrentar essa questão complexa e crescente na cidade.