A nova obra da artista afro-americana Amy Sherald, intitulada 'Trans Formando a Liberdade', reimagina a icônica Estátua da Liberdade como uma mulher negra transgênero, provocando intensas discussões sobre os símbolos culturais nos Estados Unidos. A pintura foi inicialmente excluída de uma exposição na Galeria Nacional de Retratos do Instituto Smithsonian, em Washington, após preocupações de que pudesse desagradar o presidente Donald Trump, que emitiu uma ordem executiva reconhecendo apenas dois sexos. Em resposta, Sherald decidiu cancelar sua participação na mostra, criticando a 'cultura da censura'.
A Estátua da Liberdade, inaugurada em 1886 e projetada pelo escultor francês Frédéric-Auguste Bartholdi, é um símbolo complexo que representa a liberdade e a esperança, mas também carrega a história da escravidão. A obra de Sherald, atualmente em exibição no Museu Whitney, em Nova York, faz parte da mostra itinerante 'American Sublime' e é caracterizada por sua abordagem única, que desafia as percepções tradicionais sobre raça e identidade.
A modelo da pintura, Arewà Basit, que se identifica como mulher trans não binária, é retratada em um fundo rosa, vestindo um vestido azul vibrante e segurando um buquê de gérberas, simbolizando alegria e esperança. Sherald busca, com sua arte, dar visibilidade a indivíduos cuja humanidade é frequentemente desconsiderada, ressaltando a importância de reavaliar conceitos sobre raça e identidade na sociedade contemporânea.