A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até a próxima segunda-feira, 1° de setembro, para se manifestar sobre o relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no inquérito relacionado ao tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil. O prazo também abrange a avaliação da manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro e os argumentos apresentados por seus advogados para contestar as medidas cautelares que proíbem o ex-presidente de acessar suas redes sociais e perfis de terceiros.
O período para manifestação da PGR terminaria na manhã desta quarta-feira, 27 de agosto, mas foi prorrogado pelo ministro Alexandre de Moraes. A ampliação do prazo foi definida em uma decisão que também determinou a vigilância integral da casa do ex-presidente pela Polícia Penal do Distrito Federal. O monitoramento foi autorizado após Moraes receber uma cópia do pedido protocolado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que argumentou que o aumento da vigilância é necessário para garantir a aplicação da lei penal e evitar fugas.
As implicações desse caso são significativas, uma vez que envolvem questões de segurança jurídica e a possibilidade de um impacto político nas eleições futuras. A análise da PGR poderá influenciar não apenas a situação legal de Bolsonaro, mas também a percepção pública sobre sua figura política e a relação entre os poderes Executivo e Judiciário no Brasil. A atenção do público e dos meios de comunicação está voltada para os desdobramentos deste processo.