A Procuradoria Geral da República (PGR) manifestou-se contrária ao pedido de liberdade provisória do general Walter Braga Netto, detido sob suspeita de envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O novo pedido, protocolado na sexta-feira (25 de julho) pela defesa do general, solicita a revogação da prisão preventiva e a substituição por medidas cautelares, semelhantes às impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, refutou a comparação entre os casos de Braga Netto e Bolsonaro, destacando que cada situação deve ser analisada de forma individual. Em seu despacho, Gonet afirmou que as medidas cautelares aplicadas a Bolsonaro foram fundamentadas em circunstâncias específicas que não se aplicam ao caso do general. A prisão de Braga Netto foi decretada em 10 de dezembro de 2024, e ele foi detido quatro dias depois.
O processo agora está sob a análise do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que levará em conta o parecer da PGR para decidir sobre a manutenção ou revogação da prisão preventiva. A PGR argumenta que Braga Netto tentou obter informações sigilosas relacionadas à delação do tenente-coronel Mauro Cid e buscou interferir nas investigações em curso. Além disso, a manifestação da PGR menciona o depoimento de Mário Fernandes, que confirmou a elaboração do plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", reforçando as acusações de planejamento do golpe envolvendo Braga Netto e aliados de Bolsonaro.