A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou na segunda-feira (25) um parecer ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recomendando o reforço de policiamento nas proximidades da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A solicitação surgiu após um pedido do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que argumentou que a medida é necessária para garantir a aplicação da lei penal. A PGR sugere que a Polícia Federal (PF) mantenha equipes de prontidão em tempo integral para monitorar as medidas de cautela adotadas, sem invadir a privacidade do ex-presidente ou perturbar seus vizinhos.
O ex-presidente Bolsonaro, que está sob prisão domiciliar desde o início de agosto, enfrenta um julgamento marcado para o dia 2 de setembro, onde ele e outros sete aliados são réus em um caso relacionado a uma suposta trama golpista. A decisão de prisão foi tomada após Moraes considerar que Bolsonaro violou restrições que o impediam de fazer postagens nas redes sociais. Recentemente, a PF também encontrou um documento que indicava uma solicitação de asilo político ao presidente argentino Javier Milei, embora a defesa tenha negado qualquer tentativa de fuga.
As implicações dessa situação são significativas, pois o reforço policial pode indicar uma crescente preocupação com a segurança do ex-presidente e a integridade do processo judicial em andamento. A vigilância intensificada pode ser vista como uma resposta às tensões políticas que cercam o ex-presidente e suas atividades recentes. O desdobramento deste caso poderá impactar não apenas a imagem de Bolsonaro, mas também as relações políticas no Brasil, especialmente em um momento em que o país se prepara para novas eleições e debates sobre a democracia.