A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se na noite de segunda-feira (25) em favor de um policiamento extra ao redor da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, localizada em Brasília. A solicitação ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedir um posicionamento do Ministério Público sobre a segurança do ex-mandatário, que se encontra sob prisão domiciliar desde 4 de agosto. O parecer da PGR sugere que a Polícia Federal (PF) destaque equipes para monitorar em tempo real as medidas cautelares impostas, evitando qualquer intrusão na esfera privada de Bolsonaro.
A Polícia Federal também enviou um ofício ao STF, elaborado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT), reforçando a necessidade de manutenção e checagem constante do sistema de monitoramento eletrônico nas proximidades da casa do ex-presidente. O documento destaca um risco concreto de fuga, especialmente a possibilidade de Bolsonaro tentar buscar asilo na Embaixada dos Estados Unidos, situada a cerca de dez minutos de sua residência. Essa situação levanta preocupações sobre o cumprimento das ordens judiciais e a aplicação da lei penal.
Na última sexta-feira (22), a defesa de Bolsonaro apresentou ao STF explicações sobre um rascunho de pedido de asilo político à Argentina encontrado no celular do ex-mandatário. A defesa argumenta que tal rascunho não deve ser interpretado como um indício de fuga, ressaltando que Bolsonaro compareceu a todos os atos processuais desde a imposição das medidas cautelares. A situação continua a gerar debates sobre a legalidade e as implicações das ações judiciais contra o ex-presidente.