PGR nega pedido de reforço policial na casa de Jair Bolsonaro

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou na última sexta-feira, 29 de agosto, contra a presença contínua de policiais dentro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O procurador-geral Paulo Gonet avaliou que não há, no momento, uma “situação crítica” que justifique medidas mais duras do que a prisão domiciliar já em vigor. Em sua manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet afirmou que não vê necessidade da ocupação da área descoberta da residência por agentes de segurança, mas pediu que Bolsonaro mantenha o espaço livre de obstruções para eventual ação policial.

Gonet destacou a importância de reduzir os riscos de fuga, especialmente com o julgamento se aproximando. Ele lembrou que investigações recentes revelaram um pedido de asilo de Bolsonaro à Argentina e sua proximidade com dirigentes estrangeiros, o que poderia facilitar uma tentativa de refúgio em embaixadas. Apesar dessas preocupações, o procurador enfatizou a necessidade de equilibrar o status do ex-presidente com os interesses da Justiça Pública.

A solicitação para reforço policial dentro da residência havia sido feita pela Polícia Federal (PF), cujo diretor-geral, Andrei Rodrigues, defendeu a permanência de policiais 24 horas no imóvel. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, autorizou um reforço no policiamento externo. Agora, cabe ao ministro decidir se seguirá ou não a posição da PGR, que adotou uma postura mais moderada diante das pressões da PF.

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