A Procuradoria-Geral da República (PGR) tende a se manifestar contrariamente ao pedido da Polícia Federal (PF) para manter agentes dentro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro em tempo integral. A medida foi solicitada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), visando garantir o cumprimento da prisão domiciliar e evitar uma possível fuga. Segundo apuração da analista Luísa Martins, no CNN Novo Dia, a PGR acredita que o monitoramento atual, realizado por meio de tornozeleira eletrônica, já permite o acompanhamento em tempo real dos movimentos de Bolsonaro.
A avaliação da Procuradoria é de que a presença de policiais dentro da residência seria uma medida desnecessária e excessivamente invasiva neste momento. O órgão já havia aprovado anteriormente o reforço do policiamento no entorno da casa, desde que não houvesse prejuízo à privacidade dos moradores e vizinhos do condomínio. O posicionamento da PGR reflete um padrão de divergências com solicitações mais severas da Polícia Federal, como a prisão preventiva que foi considerada desnecessária.
O caso ganha ainda mais relevância devido à proximidade do julgamento de Bolsonaro, previsto para começar na próxima terça-feira na primeira turma do Supremo Tribunal Federal. A expectativa é que o processo se estenda por alguns dias até a definição de uma pena definitiva. A situação continua a ser monitorada de perto, dada a importância política e social do ex-presidente no cenário atual.