A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até esta segunda-feira, 25 de agosto, para apresentar sua manifestação após a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negar, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a existência de um plano de fuga para a Argentina. A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e seu filho, Eduardo, pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, em um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023.
O indiciamento ocorre em meio a sanções dos Estados Unidos a autoridades brasileiras e à pressão do governo de Donald Trump, que classificou a ação contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas”. O ministro Alexandre de Moraes concedeu 48 horas para que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestasse no inquérito, prazo que foi prorrogado para esta segunda-feira devido ao fim de semana.
O material apresentado pela defesa será analisado por Gonet, que avaliará se as explicações do ex-presidente esclarecem os episódios apontados pela PF sobre a suposta tentativa de fuga. Este caso pode ter implicações significativas na situação legal de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto por descumprimento de medidas restritivas.