O procurador-geral da República, Paulo Gonet, protocolou uma denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes. Tagliaferro é acusado de vazar informações para a imprensa e tentar obstruir investigações sobre atos anti-democráticos, colocando em dúvida a legitimidade do processo eleitoral. Mensagens trocadas entre ele e juízes auxiliares de Moraes foram divulgadas, evidenciando a gravidade das acusações.
Na denúncia, Gonet imputa a Tagliaferro crimes como violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de investigações relacionadas a organizações criminosas. O ex-servidor se apresenta como “perito em computação forense perseguido politicamente” e sua defesa não foi localizada. A denúncia destaca que, entre maio e agosto de 2024, Tagliaferro teria revelado diálogos confidenciais com servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visando atender a interesses ilícitos.
As implicações dessa denúncia são significativas, pois refletem um ambiente político tenso no Brasil, onde a credibilidade das instituições está em jogo. A acusação de obstrução de Justiça e a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito levantam preocupações sobre a integridade das investigações em curso. O caso também se insere em um contexto mais amplo de disputas políticas e questionamentos sobre a atuação do Judiciário no país.