A Procuradoria Geral da República (PGR) está atualmente avaliando o relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por coação no curso do processo relacionado à tentativa de golpe de Estado. O indiciamento decorre de um inquérito que investiga a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, onde ele supostamente articulou pressões e sanções contra autoridades brasileiras.
O relatório da PF conclui que Bolsonaro e Eduardo, com apoio do jornalista Paulo Figueiredo e do pastor Silas Malafaia, tentaram interferir na Ação Penal 2668, que investiga a trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A PGR tem a prerrogativa de apresentar uma acusação formal, podendo aumentar, diminuir ou alterar os crimes atribuídos pela PF, o que pode resultar em um processo penal no Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso a PGR decida formalizar a denúncia, o ministro Alexandre de Moraes dará andamento ao processo, que poderá culminar em um julgamento colegiado. Se os denunciados se tornarem réus, enfrentarão uma série de procedimentos legais que determinarão sua culpabilidade ou inocência, com possibilidade de recurso após a decisão final dos ministros.