A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que o pastor Silas Malafaia exerceu um papel de ‘orientador e auxiliar’ nas ações de Jair Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro, visando coagir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e obstruir investigações sobre os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. A manifestação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes e fundamentou a decisão que impôs medidas cautelares contra Malafaia. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, as mensagens e publicações analisadas pela Polícia Federal revelam elementos significativos da participação do pastor em uma campanha coordenada para interferir no andamento da ação penal em que o ex-presidente é réu. A PGR solicitou medidas como busca e apreensão de documentos e acesso a dados bancários e fiscais de Malafaia, argumentando que a gravidade das condutas supera o direito à privacidade. Moraes acolheu os pedidos e determinou que o pastor entregue seu passaporte e evite contato com os demais investigados.