A Polícia Federal (PF) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a presença de agentes em tempo integral na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, mencionou o caso do juiz Nicolau dos Santos Neto, conhecido como ‘Lalau’, como precedente, destacando que o monitoramento eletrônico por tornozeleira não é suficiente para impedir uma fuga da prisão domiciliar imposta a Bolsonaro desde 4 de agosto. Rodrigues enfatizou que a vigilância efetiva exigiria fiscalização de veículos e vizinhos no condomínio, o que seria difícil e potencialmente constrangedor.
O caso de Nicolau dos Santos Neto, condenado por superfaturamento na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, serve como alerta para a PF. Após receber o pedido da PF, Moraes encaminhou a solicitação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação sobre o reforço na vigilância. A decisão de Moraes ocorre em um contexto de crescente preocupação com a possibilidade de fuga de Bolsonaro, especialmente com o julgamento marcado para setembro de 2025, onde ele enfrenta acusações graves relacionadas a tentativas de golpe.
A PF já iniciou tratativas com a Secretaria Nacional de Políticas Penais para que a Polícia Penal Federal atue em conjunto, caso o STF determine o aumento da segurança. A urgência da situação é acentuada por declarações do deputado Lindbergh Farias sobre o risco de fuga e pela proximidade do julgamento, que pode intensificar as ações do deputado Eduardo Bolsonaro para interferir no processo judicial. A situação permanece tensa à medida que as autoridades buscam garantir a aplicação da lei penal contra o ex-presidente.