A Polícia Federal (PF) monitorou o empresário Breno Chaves, suplente do senador Davi Alcolumbre (União-AP), durante um saque de R$ 350 mil em uma agência do Banco do Brasil em Santana, Amapá, no dia 7 de novembro de 2024. O monitoramento ocorreu no contexto da Operação Route 156, que investiga desvios em contratos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no estado. Embora Alcolumbre não seja alvo da investigação, a operação revela um esquema de corrupção envolvendo licitações públicas e o uso da influência política de Chaves.
A Operação Route 156, realizada em julho, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e visa apurar um esquema criminoso relacionado ao direcionamento de licitações e desvio de recursos federais para a manutenção da rodovia BR-156. Durante o monitoramento, Chaves foi seguido por agentes da PF desde sua chegada ao banco até sua visita à LB Construções, uma das empresas investigadas e ligada ao empresário. A decisão judicial que autorizou as buscas destaca Chaves como líder do núcleo privado que exerce forte influência no DNIT/AP.
A defesa de Breno Chaves reafirma sua inocência e aguarda o momento oportuno para se manifestar publicamente. Por sua vez, a assessoria de Davi Alcolumbre esclarece que o senador não possui relação com as empresas citadas na operação e enfatiza a importância do devido processo legal. O DNIT também se posicionou, afirmando que colabora com as investigações e repudia práticas fraudulentas, reiterando seu compromisso com a ética na administração pública.