A Polícia Federal do Brasil investiga o pastor Silas Malafaia, uma figura proeminente no apoio à eleição de Jair Bolsonaro, em um inquérito que investiga tentativas de golpe contra o regime democrático. Malafaia foi abordado por agentes da PF ao retornar de Portugal e teve seu celular apreendido, além de ser proibido de deixar o país e de manter contato com outros investigados. Essa ação marca um momento significativo na investigação, que já identificou envolvidos em diversos níveis de poder, incluindo o Palácio do Planalto e o Congresso.
O contexto da investigação revela a abrangência das ações da PF, que agora alcançam o núcleo religioso que sustentou Bolsonaro durante sua campanha presidencial em 2018. A influência de Malafaia e de outras lideranças evangélicas foi crucial para a vitória do ex-presidente, com pesquisas indicando que uma parcela significativa do eleitorado evangélico optou por Bolsonaro. A operação gerou uma onda de indignação entre os apoiadores do ex-presidente, que veem a ação como uma perseguição política e uma ameaça à liberdade de expressão.
As implicações dessa investigação são profundas, pois atingem diretamente a base religiosa que ajudou a consolidar Bolsonaro no poder. A reação dos líderes evangélicos e bolsonaristas pode intensificar as divisões políticas no Brasil, enquanto a Justiça sinaliza que não haverá proteção para suspeitos de crimes, independentemente de sua influência. O futuro político de Malafaia e seu papel no cenário religioso e político brasileiro estão agora sob intensa escrutínio.