A Polícia Federal está apurando um investimento de R$ 30 milhões feito pelo empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik do Bitcoin, em uma editora vinculada ao pastor Silas Malafaia. A informação foi trazida à tona por Davi Zocal, uma testemunha que declarou que o aporte milionário ocorreu em agosto de 2022, quando a Alvox Gospel Livros Marketing Direto, criada em 2021, enfrentava dificuldades financeiras e estava sob a sombra da Central Gospel LTDA, editora de Malafaia que acumulava dívidas significativas desde 2019.
Zocal afirmou que o investimento tinha como objetivo revitalizar as atividades editoriais ligadas ao pastor, que confirmou a sociedade, mas alegou que ela durou apenas um ano e foi encerrada antes de qualquer denúncia formal contra Francisley. O pastor também negou ter feito propaganda ou incentivado os fiéis de sua igreja a investir com o Sheik do Bitcoin, que já havia sido condenado por crimes relacionados a um esquema de pirâmide financeira que lesou milhares de investidores.
As implicações dessa investigação podem ser significativas, tanto para a reputação de Malafaia quanto para a credibilidade do setor editorial religioso no Brasil. A relação entre investimentos financeiros e instituições religiosas levanta questões sobre ética e transparência, especialmente em um contexto onde a confiança dos fiéis é fundamental. A continuidade das apurações da PF poderá trazer novos desdobramentos e impactar a imagem pública dos envolvidos.