A Polícia Federal (PF) identificou movimentações financeiras de aproximadamente R$ 44,3 milhões nas contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre março de 2023 e junho de 2025. O relatório, que faz parte de um inquérito que investiga a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, sugere indícios de lavagem de dinheiro e outros crimes. As transações foram classificadas como suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que repassou as informações à PF.
Entre as movimentações, destacam-se R$ 20,7 milhões recebidos via Pix, com uma arrecadação significativa de R$ 17 milhões em 2023 para cobrir multas judiciais. O ex-presidente também transferiu R$ 2,1 milhões para seu filho, Eduardo, em um período em que as investigações apontam para a omissão de informações relevantes durante seu depoimento à PF. Além disso, os dados revelam que a maior parte dos recursos foi utilizada para pagamentos a advogados e aplicações financeiras.
As implicações dessa investigação são profundas, pois podem afetar não apenas a reputação de Bolsonaro, mas também a dinâmica política no Brasil. A movimentação financeira questionável levanta preocupações sobre a transparência e a legalidade das ações do ex-mandatário e seu filho, especialmente em um contexto onde a confiança nas instituições está em jogo. A continuidade das investigações poderá trazer novos desdobramentos e impactar o cenário político nacional.