A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta-feira (28) uma operação em Angico, no extremo norte do Tocantins, para investigar um grupo suspeito de fraudar licitações e desviar mais de R$ 5 milhões da prefeitura local. A operação, chamada Domus Magna, cumpre 19 mandados de busca e apreensão, tendo como alvo uma servidora pública do município e seus familiares, que supostamente utilizaram empresas pertencentes ao grupo familiar para desviar recursos públicos.
De acordo com a PF, os suspeitos empregavam ‘laranjas’ para receber os valores desviados, sendo que a maior parte do dinheiro era destinada ao grupo criminoso, enquanto uma pequena parcela era paga aos intermediários como recompensa pela participação nos crimes. A investigação aponta que os investigados poderão responder por fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem somar até 12 anos de prisão.
A operação destaca a necessidade de rigor no combate à corrupção e à má gestão dos recursos públicos. A Prefeitura de Angico foi questionada sobre a investigação, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem. O caso levanta preocupações sobre a integridade das administrações municipais e a proteção dos cofres públicos em todo o Brasil.