A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (20) Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por tentativas de coação a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório da PF destaca que o ex-ministro Walter Braga Netto descumpriu uma proibição judicial ao se comunicar com o ex-presidente, enviando uma mensagem SMS de um número pré-pago. Essa comunicação ocorreu menos de 24 horas após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que proibia contatos entre os investigados na apuração de um suposto golpe de Estado.
O relatório da PF revela que a mensagem enviada por Braga Netto, que estava com seu celular apreendido, foi identificada como proveniente de um número associado a uma chave Pix em seu nome. A PF argumenta que essa violação das medidas cautelares impõe um agravante à situação legal dos réus, evidenciando um desprezo pelas decisões da Suprema Corte. Além disso, a PF também coletou evidências de que Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para propagar mensagens que desrespeitam as restrições impostas.
As implicações desse indiciamento são significativas, pois indicam uma tentativa deliberada de minar a autoridade do STF e interferir nas investigações sobre o golpe. A PF também realizou buscas relacionadas ao pastor Silas Malafaia, embora ele não tenha sido indiciado. O cenário atual sugere um aprofundamento das tensões entre os ex-presidentes e as instituições democráticas brasileiras, com potenciais repercussões políticas e judiciais no futuro próximo.