A Polícia Federal (PF) do Brasil indiciou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por tentativas de enganar o governo dos Estados Unidos para alcançar objetivos criminosos. O relatório final da PF revela que Eduardo alertou seu pai sobre a necessidade de evitar comentários que poderiam prejudicar suas ações de pressão sobre o governo americano, especialmente em relação ao então presidente Donald Trump. Mensagens obtidas pela PF indicam que os investigados estavam cientes das consequências de suas ações e buscavam induzir autoridades estrangeiras a erro, visando aplicar sanções contra o Brasil e seus representantes legais.
As conversas reveladas no relatório mostram uma preocupação constante de Eduardo em manter uma boa relação com o governo dos EUA, temendo que qualquer deslize pudesse comprometer seus esforços. O deputado menciona que a situação era delicada e que, embora seu pai não estivesse em risco imediato de prisão, as circunstâncias poderiam mudar rapidamente. A PF conclui que tanto Eduardo quanto Jair Bolsonaro atuaram com consciência e intenção de manipular informações para beneficiar interesses pessoais ilícitos.
As implicações desse caso são significativas, pois o relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que decidirá se apresentará novas denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação pode não apenas afetar a reputação dos envolvidos, mas também impactar as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, além de levantar questões sobre a integridade das instituições brasileiras diante de ações consideradas criminosas.