A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, por tentativa de obstrução de Justiça em uma investigação relacionada a uma trama golpista. O relatório da PF inclui mensagens trocadas entre Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, que ocorreram após o anúncio de tarifas dos Estados Unidos contra o Brasil no dia 9 de julho, quando o então presidente Donald Trump mencionou Bolsonaro como vítima de perseguição judicial.
As mensagens reveladas pela PF indicam que a ação criminosa dos Bolsonaros contava com o apoio de “terceiros”, citando especificamente Silas Malafaia, que também é alvo de buscas e medidas restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. A decisão do ministro, que inclui as mensagens localizadas, destaca a gravidade das acusações e a possível conivência de figuras influentes na política brasileira.
O indiciamento dos ex-presidentes pode ter desdobramentos significativos para a política nacional, especialmente em um momento em que a confiança nas instituições está sendo testada. A investigação da PF não apenas coloca em xeque a integridade dos envolvidos, mas também levanta questões sobre a influência de líderes religiosos na política brasileira e suas implicações para a democracia.