A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nesta quarta-feira, por tentativa de interferir no andamento de um processo penal relacionado a uma trama golpista. As evidências apresentadas incluem transferências financeiras feitas por Bolsonaro ao filho, que reside nos Estados Unidos, além de mensagens trocadas entre eles e um advogado americano, sugerindo uma articulação para influenciar autoridades estrangeiras.
De acordo com a PF, as transferências financeiras, que totalizam R$ 111 mil entre janeiro e abril e um repasse adicional de R$ 2 milhões em maio, tinham como objetivo evitar mecanismos de controle legal. As mensagens revelam discussões sobre sanções contra autoridades brasileiras e estratégias políticas, levantando preocupações sobre a atuação de Bolsonaro no exterior e sua relação com interesses estrangeiros.
O indiciamento gera desdobramentos significativos para a política brasileira, especialmente em um momento em que Bolsonaro busca apoio internacional. Eduardo Bolsonaro reagiu às acusações, classificando-as como delirantes e afirmando que sua atuação nos Estados Unidos visa restabelecer liberdades individuais. A situação destaca a complexidade das relações entre política interna e externa no Brasil, especialmente em tempos de crise institucional.