A Polícia Federal (PF) denunciou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. As acusações surgem a partir de mensagens trocadas entre pai e filho no WhatsApp, onde Eduardo indicou que a anistia para os manifestantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro deveria ser sacrificada em favor da impunidade de Jair. A conversa ocorreu em 7 de julho, revelando uma estratégia que priorizava interesses pessoais sobre a justiça para os envolvidos nos protestos.
De acordo com a PF, Eduardo expressou preocupações sobre a necessidade de “brecar o STF” e afirmou que a anistia poderia comprometer a ajuda dos Estados Unidos ao Brasil. A investigação aponta que a intenção do deputado não era defender os manifestantes, mas sim garantir que seu pai permanecesse livre de consequências legais. Além disso, a PF destacou que Eduardo atuou conscientemente para coagir ministros do Supremo Tribunal Federal, evidenciando um padrão de desrespeito às instituições democráticas.
As implicações dessa denúncia são significativas, pois refletem uma tentativa de minar a autoridade do STF e desafiar o Estado de Direito no Brasil. A situação se agrava com o envolvimento de aliados como o pastor Silas Malafaia, que também foi alvo de mandados de busca. O desdobramento desse caso poderá influenciar as relações políticas internas e externas do Brasil, especialmente em um contexto onde a democracia está sob constante pressão.