A Polícia Federal (PF) apreendeu o celular pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro, de 70 anos, nesta segunda-feira (4 de agosto de 2025), em cumprimento a uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de 56 anos. Esta é a segunda vez que um aparelho do ex-presidente é confiscado a mando do ministro, que justifica a medida como parte de um inquérito em andamento.
Bolsonaro estava em sua residência no momento da operação, e fontes próximas ao ex-presidente afirmam que ele não possui outro meio de comunicação. A decisão de Moraes foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares impostas a Bolsonaro, especialmente relacionadas à sua participação em uma manifestação contra o STF.
De acordo com a decisão, o ex-presidente utilizou o celular para se comunicar com manifestantes em Copacabana, no Rio de Janeiro, o que, segundo Moraes, configura incentivo à coação do STF e obstrução da Justiça. Além da apreensão do celular, a decisão mantém restrições às visitas ao ex-presidente, permitindo apenas a presença de advogados ou pessoas autorizadas pelo Supremo.
Vale lembrar que o primeiro celular de Bolsonaro foi confiscado pela PF em 3 de maio de 2023, também sob autorização de Moraes, durante uma investigação sobre supostas fraudes em dados de vacinação do ex-presidente e de seus familiares. Na ocasião, Bolsonaro se recusou a fornecer a senha do aparelho, que foi retido para análise.