Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira, 4, em queda, refletindo as perdas significativas da última semana. A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aumentar a produção em 547 mil barris por dia em setembro contribuiu para a desvalorização da commodity. O petróleo WTI para setembro caiu 1,54%, cotado a US$ 66,29 o barril, enquanto o Brent para outubro recuou 1,30%, a US$ 68,76 o barril.
A Opep+ completou a devolução de 2,2 milhões de barris por dia que havia retirado do mercado em 2023. A consultoria Capital Economics alertou que o cartel pode precisar pausar o aumento da produção para evitar um excedente no mercado. O cenário projetado indica que novos aumentos na produção podem ocorrer apenas a partir do segundo trimestre de 2026, o que está alinhado com a tendência de queda nos preços do Brent.
Além disso, o mercado reagiu às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a elevação das tarifas sobre as importações de petróleo da Índia, que, segundo ele, compra grandes volumes de petróleo russo. A Índia, por sua vez, justificou suas importações da Rússia devido à reorientação de suprimentos tradicionais para a Europa após o início do conflito na Ucrânia. A volatilidade no mercado de petróleo deve aumentar, considerando as incertezas em torno das tarifas e as tensões entre EUA e Rússia, conforme apontado por analistas.