Os contratos futuros de petróleo encerraram a quinta-feira, 7, em queda, marcando a sexta sessão consecutiva de desvalorização. O movimento ocorre em meio a crescentes tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a Rússia, com investidores atentos a possíveis sanções adicionais que o presidente americano, Donald Trump, pode impor a Moscou até esta sexta-feira, 8. A recuperação do dólar também influenciou o mercado.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro caiu 0,73%, fechando a US$ 63,88 o barril. O Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), registrou uma queda de 0,68%, a US$ 66,43 o barril. O estrategista Mohit Kumar, do Jefferies, destacou que o mercado está atento aos desdobramentos na Ucrânia, sugerindo que um avanço em direção a um cessar-fogo poderia impactar negativamente os preços da commodity.
A Casa Branca negou alegações do Kremlin sobre um encontro já agendado entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin. Um porta-voz afirmou que, para que a reunião ocorra, Putin deve se encontrar primeiro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o que ainda não foi aceito por Moscou. Além disso, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, indicou que uma decisão sobre novas sanções à Rússia será tomada nas próximas 24 a 36 horas, dependendo do andamento das negociações.
As opiniões no mercado permanecem divididas sobre a continuidade das compras de petróleo bruto russo pela Índia, especialmente com a iminente tarifa adicional de 25% proposta por Trump. Analistas da Ritterbusch alertam que aumentos na produção da Opep+ também podem pressionar os preços para baixo.