Pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, localizado em Campinas (SP), estão empenhados em criar robôs que sejam mais humanos e empáticos, utilizando a Inteligência Artificial brasileira, conhecida como Carcará, em conjunto com um supercomputador. O objetivo é desenvolver máquinas que não apenas realizem tarefas, mas que também consigam interagir de maneira social e emocional com os seres humanos, ampliando as possibilidades de interação.
O pesquisador Josué Ramos, com 43 anos de experiência em robótica, destaca que a emergência das IAs generativas, ou LLMs, trouxe um avanço significativo na área. Os estudos realizados no CTI envolvem diversas disciplinas, como psicologia e sociologia, para entender como os robôs podem se comunicar de forma mais eficaz, levando em conta gestos e expressões que transmitam emoções. Um dos projetos em andamento inclui um robô recepcionista que poderá guiar visitantes autonomamente pelo centro.
A equipe espera utilizar o supercomputador Santos Dumont para processar bilhões de parâmetros necessários para treinar modelos específicos de robótica. A combinação do Carcará com essa tecnologia avançada permitirá um treinamento mais eficiente e respostas mais rápidas e precisas dos robôs. Com isso, os pesquisadores visam não apenas melhorar a funcionalidade dos robôs, mas também sua aceitação social entre os usuários.