Uma pesquisa realizada pela Quaest e divulgada nesta segunda-feira, 25 de agosto de 2025, indica que 49% dos entrevistados consideram injusta a sanção imposta pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em contrapartida, 39% dos participantes apoiam a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro, enquanto 12% não souberam ou não opinaram sobre o tema. A sanção foi anunciada em 30 de julho de 2025 e reflete um cenário de polarização política no Brasil.
O levantamento revela que a percepção sobre a sanção varia significativamente entre diferentes grupos demográficos. Entre os que consideram a punição injusta, destacam-se eleitores de Lula no segundo turno de 2022 (72%) e pessoas que se identificam como de esquerda não lulistas (80%). Por outro lado, a medida encontra maior apoio entre eleitores de Bolsonaro (75%) e bolsonaristas (74%). A pesquisa foi realizada entre 13 e 17 de agosto e possui uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
As implicações da Lei Magnitsky são amplas, uma vez que a legislação, sancionada em 2012 pelo então presidente Barack Obama, visa punir autoridades envolvidas em corrupção e violações de direitos humanos. O debate em torno da sanção ao ministro Moraes evidencia a crescente tensão nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos, além de refletir a divisão política interna do país. Com um nível de confiança de 95%, o estudo ressalta a importância da opinião pública na formação das políticas externas.