Uma pesquisa realizada pela MetLife indica que 31% dos tutores de pets que criaram versões humanas de seus animais por meio da inteligência artificial estariam dispostos a namorar essas representações. A pesquisa, que entrevistou mil tutores, mostra que a maioria dos interessados pertence às gerações Y e X, enquanto a geração Z se mostrou menos receptiva à ideia, com apenas 24% de respostas positivas. Além disso, 77% dos participantes afirmaram que seus animais de estimação oferecem mais suporte emocional do que parceiros humanos anteriores.
A Dra. Renata Roma, psicoterapeuta da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, analisa o fenômeno e sugere que o apego intenso aos pets pode ser um efeito colateral da pandemia de COVID-19. Durante o isolamento social, muitos indivíduos encontraram nos animais de estimação uma fonte única de afeto e apoio emocional. A pesquisa também destaca que a pandemia alterou a dinâmica social, levando muitos a priorizarem o cuidado com seus pets em detrimento de interações humanas mais complexas.
Os desdobramentos dessa relação entre humanos e animais podem ser significativos. Embora a interação com os pets traga benefícios emocionais, a falta de equilíbrio nas relações pode resultar em dificuldades nas interações sociais e na projeção das necessidades humanas sobre os animais. Especialistas alertam para a importância de manter um equilíbrio saudável entre as relações com os pets e as interações humanas, evitando que os laços com os animais substituam vínculos sociais essenciais.