Uma pesquisa realizada pelo PoderData entre os dias 26 e 28 de julho de 2025, com 2.500 entrevistados em 182 municípios, revelou que 32% dos eleitores que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022 consideram errada a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, de proibir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar redes sociais. Por outro lado, 44% desse grupo apoiam a medida.
Entre os eleitores que votaram em Bolsonaro, a opinião se inverte: 27% consideram a decisão correta, enquanto 50% desaprovam a proibição. Em 18 de julho, Moraes impôs restrições ao ex-presidente, que é réu em uma ação penal por tentativa de golpe de Estado, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se comunicar com embaixadores e outros réus do Supremo.
A decisão de Moraes gerou reações diversas, com apoiadores do governo defendendo-a como uma proteção à democracia, enquanto opositores e aliados de Bolsonaro organizam manifestações contrárias. Recentemente, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, incluiu Moraes na Lei Magnitsky, que impõe sanções a autoridades estrangeiras por violações de direitos humanos, alegando que o ministro suprime a liberdade de expressão.
A pesquisa, que possui margem de erro de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%, reflete a polarização política no Brasil, com opiniões divergentes sobre a atuação do Judiciário e suas implicações para a democracia e a liberdade de expressão no país.