Uma pesquisa realizada pela Organização Social Poiesis revelou que 70% dos leitores nas Fábricas de Cultura de São Paulo são mulheres jovens, superando a média nacional de 61%. O levantamento, que abrangeu oito unidades entre janeiro de 2024 e junho de 2025, mostra um panorama diversificado de interesses literários, com destaque para mangás, literatura negra e LGBTQIAPN+.
O estudo revela que as bibliotecas das Fábricas de Cultura, localizadas em áreas como Brasilândia e Capão Redondo, oferecem um acervo que desafia estereótipos. Autores clássicos como Dostoiévski e Shakespeare convivem com obras contemporâneas de escritores racializados, refletindo a pluralidade cultural e o desejo por narrativas que abordam temas complexos como identidade e saúde mental.
As Fábricas de Cultura desempenham um papel crucial na democratização do acesso à leitura, promovendo um ambiente onde a diversidade literária é celebrada. Com ações culturais integradas ao cotidiano dos frequentadores, esses espaços não apenas disponibilizam livros, mas também fomentam a formação cultural e a articulação comunitária, reafirmando o direito ao acesso à literatura nas periferias paulistas.